A questão de se a Palestina possui um exército é complexa e lança luz sobre as dinâmicas geopolíticas mais amplas do Oriente Médio. A resposta curta é que a Palestina não possui uma força militar tradicional e reconhecida como as das nações soberanas. No entanto, esse tópico merece uma análise mais aprofundada para entender as nuances envolvidas.
Os territórios palestinos, compreendendo a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, não operam sob um comando militar unificado típico de estados reconhecidos. Em vez disso, eles têm várias forças de segurança com funções e limitações específicas. A Autoridade Palestina (AP), estabelecida após os Acordos de Oslo na década de 1990, supervisiona múltiplos ramos de segurança responsáveis pela segurança interna e policiamento civil em partes da Cisjordânia. Essas entidades trabalham sob rigorosa supervisão e coordenação com Israel, conforme ditado pelos acordos existentes.
Na Faixa de Gaza, a situação é diferente. Desde a tomada pelo Hamas em 2007, uma facção palestina distinta, o Hamas manteve sua ala armada conhecida como Brigadas Izz ad-Din al-Qassam. Embora essas brigadas sejam uma organização militante substancial, elas não constituem um exército nacional oficial sob a lei palestina ou internacional.
Em resumo, embora a Palestina não possua um exército oficial, existem vários grupos de segurança e milícias com mandatos e níveis de autoridade diferentes. Esses arranjos refletem as complexidades e tensões em curso na região, ilustrando tanto o status único da Palestina quanto o conflito contínuo com Israel. Compreender essas dinâmicas de segurança é crucial para compreender o panorama político mais amplo na região.