Amsterdã recentemente chamou a atenção ao anunciar a implementação de uma nova tecnologia destinada a reduzir automaticamente a velocidade das bicicletas elétricas em determinadas partes da cidade. Embora essa iniciativa tenha gerado debates públicos, o objetivo por trás dessa tecnologia, conhecida como Adaptive Speed Governance (ASG), é aprimorar a segurança viária para todos os usuários.
Ao invés de focar exclusivamente em reduzir a velocidade das bicicletas elétricas, o sistema, desenvolvido por Paul Timmer do Instituto de Planejamento Urbano, utiliza uma plataforma que integra várias camadas de informações espaciais. Isso inclui locais fixos, como escolas e cruzamentos movimentados, bem como zonas temporárias que podem representar riscos potenciais. Dados em tempo real sobre as condições de trânsito também são levados em consideração. Ao se conectar a essa plataforma via 5G, um módulo instalado no guidão de uma bicicleta elétrica pode medir com precisão a localização e a velocidade da bicicleta.
Ao se aproximar de uma zona movimentada, o módulo exibe alertas ao ciclista. Se o ciclista continuar mantendo alta velocidade, o módulo envia um sinal para limitar ou desligar o motor, tornando mais desafiador para o ciclista manter sua velocidade. A intenção por trás dessa tecnologia não é multar os ciclistas, mas sim torná-los mais conscientes dos perigos potenciais e incentivar uma pilotagem responsável.
A questão da velocidade das bicicletas elétricas é particularmente relevante em Amsterdã, onde metade de todas as bicicletas elétricas da cidade ultrapassam o limite legal de 25km/h devido a modificações. Essas modificações não apenas comprometem a segurança viária, mas também representam um desafio significativo para a fiscalização. As “fat bikes”, em particular, têm se tornado uma preocupação em Amsterdã. Essas bicicletas elétricas pesadas e velozes, frequentemente utilizadas de forma ilegal, têm gerado pedidos por regulamentações mais rigorosas e uma maior fiscalização.
Embora a redução remota da velocidade das bicicletas elétricas possa levantar preocupações sobre a liberdade de ciclismo, alternativas como a implementação de placas de identificação, exigência de capacetes obrigatórios e câmeras de velocidade têm sido discutidas como possíveis soluções. Além disso, a integração da tecnologia ASG nos painéis de exibição das bicicletas elétricas existentes poderia proporcionar um meio mais acessível e efetivo de garantir a conformidade com os limites de velocidade.
O teste da tecnologia ASG em Amsterdã não se limita apenas à cidade. O Instituto de Planejamento Urbano realizará testes em várias outras cidades europeias, incluindo Munique, Atenas e Milão. A esperança é que, ao explorar os ambientes únicos de diferentes cidades, o sistema possa ser aprimorado e aplicado de forma mais ampla para melhorar a segurança viária para todos os tipos de veículos.
Embora o uso da tecnologia ASG em carros ainda esteja anos distante devido à resistência potencial dos fabricantes de automóveis, a expansão dessa tecnologia para e-scooters e transporte público está sendo considerada. O Instituto de Planejamento Urbano tem como objetivo continuar seus esforços no desenvolvimento de soluções de mobilidade que priorizem a segurança e eficiência nas estradas.
A implementação da tecnologia Adaptive Speed Governance (ASG) em Amsterdã destaca a crescente preocupação com a velocidade das bicicletas elétricas e a necessidade de melhores medidas de segurança viária. A indústria de bicicletas elétricas tem presenciado um crescimento significativo nos últimos anos, com as bicicletas elétricas se tornando modos de transporte cada vez mais populares em áreas urbanas.
Segundo previsões de mercado, o mercado global de bicicletas elétricas deve crescer em uma taxa anual composta de mais de 7% entre 2021 e 2026. Fatores como a crescente conscientização sobre sustentabilidade ambiental, aumento da congestionamento de tráfego e avanços na tecnologia de baterias impulsionam a demanda por bicicletas elétricas.
No entanto, com o aumento do uso de bicicletas elétricas, surge o desafio de garantir a segurança dos ciclistas e outros usuários da estrada. Modificações feitas nas bicicletas elétricas, como aumentar sua velocidade além do limite legal, tornaram-se um problema prevalente em muitas cidades, incluindo Amsterdã. Isso representa riscos não apenas para os próprios ciclistas, mas também para pedestres e motoristas.
A fiscalização enfrenta dificuldades para lidar com esse problema, pois identificar e penalizar bicicletas elétricas modificadas pode ser um desafio. Isso levou a discussões sobre soluções potenciais, incluindo o uso da tecnologia ASG. Ao limitar remotamente a velocidade das bicicletas elétricas em determinadas áreas, ASG busca aprimorar a segurança viária e incentivar uma pilotagem responsável sem restringir excessivamente a liberdade dos ciclistas.
Embora possa haver preocupações sobre as possíveis limitações à liberdade de ciclismo, também foram consideradas alternativas, como a implementação de placas de identificação, exigência de capacetes obrigatórios e câmeras de velocidade. No entanto, a integração da tecnologia ASG nos painéis de exibição das bicicletas elétricas existentes pode oferecer uma solução mais acessível e eficaz para garantir a conformidade com os limites de velocidade. Essa tecnologia promissora não apenas em Amsterdã, mas também em outras cidades europeias, com testes planejados em Munique, Atenas e Milão.
O objetivo mais amplo do Instituto de Planejamento Urbano, que desenvolveu a tecnologia ASG, é melhorar a segurança viária para todos os tipos de veículos. Embora ASG esteja atualmente sendo testada no contexto das bicicletas elétricas, há potencial para sua expansão para outras áreas, como e-scooters e transporte público. Isso reflete os esforços contínuos no desenvolvimento de soluções de mobilidade que priorizam a segurança e eficiência nas estradas.
Para mais informações sobre a indústria de bicicletas elétricas e segurança viária, você pode visitar os seguintes links:
– ebiketrends.com
– safetyinmotioncampaign.org